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TRA TAMENTO

Entre as drogas que causam dependência química, o crack é uma das que causam mais danos durante o período de abstinência, além de ser uma das drogas mais difíceis de tratar.

O crack já circula no país há mais de 30 anos, e ainda assim não existe uma unanimidade sobre o seu tratamento. Seria a melhor via o uso de medicamentos contra recaída? Ou uma política de redução de danos?

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Para a maioria dos especialistas, não há uma receita única e nem um remédio milagroso, porque a recuperação em cada caso é particular e vai depender de uma série de fatores sociais aos que o usuário está exposto. Fatores de risco são situações ou comportamentos que aumentam a possibilidade de resultados negativos para a saúde, para o bem-estar e o desempenho social. Os fatores de proteção são todos aqueles capazes de promover um crescimento saudável e evitar riscos de dependência e de acirramento de problemas sociais.

 

Estes são os principais fatores de risco e de proteção que influenciam no abuso de drogas.

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Pensando no perfil dos usuários de crack no Brasil, vemos que podem ser divididos em três principais grupos: 

 

Adultos jovens do sexo masculino, majoritariamente pardos e pretos, com baixa escolaridade, sinalizando uma origem familiar e uma inserção social que os expõe às diferentes formas de marginalização e estigmatização, como por exemplo o racismo.

 

Mulheres marcadas pelas mesmas desvantagens sociais e trajetória dos homens acima mencionados. Estas usuárias estão gravemente expostas à violência sexual (44,5% relataram ter sofrido esse tipo de violência) e à ausência de apoio social na gestação (50% das entrevistadas engravidaram ao menos uma vez durante o período de uso regular do crack).

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A mesma pesquisa aponta que 14% dos usuários regulares de crack são menores de 18 anos. Se, no conjunto da população que abusa de crack, os adolescentes são um grupo proporcionalmente menor, dentre os adolescentes com elevada vulnerabilidade social (que estão em situação de rua e/ou em conflito com a lei), o uso de drogas parece ser mais frequente/ estreitamente associado a riscos e danos (em função da inexperiência quanto aos efeitos adversos do próprio consumo e vulnerabilidade social, entre outros fatores), e está associado ao agravamento da exclusão social.

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Sendo assim, é possível concluir que grande parte das pessoas propensas a se viciarem em crack foram expostas a diversas situações de abuso e risco durante toda a vida. Levar estes históricos em consideração é algo que dificulta o tratamento.

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Grande parte dos usuários só busca tratamento após atingir um grau enorme de dependência da substância, o que é outro fator que contribui para com a dificuldade de tratar um usuário de crack. 

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De maneira muito geral,  o tratamento normalmente dura no mínimo 6 meses e os especialistas defendem processos baseados em abordagens médicas e psicossociais, com participação da família e de grupos de apoio, além de internação e uso de medicamentos, quando necessário.

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As matérias à seguir falam mais sobre as particularidade do tratamento, os diferentes métodos de tratamento, casos de sucesso, e mais.​

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"Na cidade de São Paulo, havia dois programas, um do estado e outro da prefeitura, que usavam estratégias distintas para lidar com o problema. Uma técnica testada por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pode em breve se incorporada ao programa estadual, o Recomeço. Chamada de manejo de contingências, essa técnica consiste em oferecer uma recompensa sempre que um dependente químico exibe um comportamento desejável."

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"O dependente que consegue passar um período sem consumir a droga que o escraviza recebe um incentivo, em geral financeiro. Por ficar de cara limpa, é remunerado com vale-compras, ingressos para shows, cinema ou teatro e até dinheiro. É uma maneira simples de estimular uma pessoa a repetir um comportamento"

 

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Via Pesquisa Fapesp

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Via Pesquisa Fapesp

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Via Revista VaidaPé, tradução de The Rational Choices of Crack Addicts, do The New York Times

"Nos EUA, uma pesquisa intrigante revela: ideia da “dependência para sempre” é absurda; deve-se oferecer oportunidades, ao invés de estigmatizar usuários.

“Eles não se encaixavam na caricatura do viciado em drogas que não conseguem resistir à próxima dose”, disse Hart. “Quando eles receberam uma alternativa para parar, eles fizeram decisões econômicas racionais.”

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 Ainda não existe uma unanimidade sobre o tratamento: uso de medicamentos contra recaídas? Política de redução de danos?

Nem sempre é possível contar com a iniciativa do usuário para sair da situação (...)A aproximação para começar o tratamento é o primeiro passo e pode ocorrer de várias formas.

Não adianta chegar e falar: 'Como você está?', 'Nossa, você está bem magro', 'Você vai morrer'. Nessa hora, eu pensava: 'Então, me ajuda a morrer logo, não estou nem ligando se eu estou sujo'. A única preocupação é como você vai conseguir a próxima pedra."

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No final da década de 1980, o maior ponto de uso de drogas a céu aberto da Alemanha ficava em Frankfurt: na região do parque de Taunusanlage, próximo à estação ferroviária central, viviam cerca de 1,5 mil dependentes de heroína, numa espécie de "Cracolândia" alemã.

Além de ser um problema social, Taunusanlage era uma questão de saúde pública: cerca de 150 dependentes morriam de overdose a cada ano. Atualmente, mais de 25 anos depois, a "Cracolândia" alemã faz parte do passado da cidade.

A extinção do ponto de uso de drogas foi alcançada graças a uma iniciativa que ficou conhecida como o "Caminho de Frankfurt" e serviu de exemplo para diversas cidades do país que enfrentavam problema semelhante.

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Para os especialistas ouvidos pelo UOL, quando se trata do crack, não há receita única para todos nem remédio milagroso. Eles defendem processos baseados em abordagens médicas e psicossociais, com participação da família e de grupos de apoio, além de internação e uso de medicamentos, quando necessário.

“A maioria dos dependentes de crack, primeiro, precisa receber medicamentos para tratar pneumonia, doenças sexualmente transmissíveis, de pele, odontológicas”

O problema é que a maioria dos usuários só chega ao serviço de saúde com alto grau de dependência e então a internação se torna necessária. “Cada caso vai ter uma solução ajustada, mas, em média, eles ficam um mês internados. Em seguida, se não têm uma rede externa, contato com a família, são encaminhados para comunidades terapêuticas”.

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Via G1, por Carolina Dantas 

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