
A Cracolândia
A revista Vaidapé, no seu artigo "Os Direitos Humanos Frente à Cracolândia", constatou o seguinte:
"No Brasil, em 2017, cerca de 3,2% da população, ou 4,9 milhões de pessoas, entre 12 e 65 anos consumiram algum tipo de droga no período de um ano anterior à pesquisa. Nesse contexto, a maconha foi a mais consumida, por 7,7% da população, a cocaína em segundo e o uso do crack corresponde a 0,9% da população."
Estima-se que, atualmente, a cracolândia conte com mais de 55 mil usuários de crack. Isso indica que grande parte das pessoas da pesquisa que utilizaram crack no período de um ano estão concentradas na Cracolândia.
A Cracolândia ganhou esse nome nos anos 1990.
No entanto, a região sempre reuniu pessoas marginalizadas. A prostituição esteve presente desde a década de 50 e a região é conhecida pela boemia e vida noturna das classes populares, além de ter baixas condições de higiene.
"Cracolândia" é o nome popularmente dado a uma região do bairro Campos Elísios, no centro da cidade de São Paulo, onde há uma grande concentração de tráfico de drogas, prostituição e, principalmente, do uso de crack.
Entretanto, essa visão da Cracolândia reforça um olhar preconceituoso, visto que resume a existência da região à estes aspectos. Muitos governadores e prefeitos trazem a promessa de "acabar com a Cracolândia", o que indica que esta é sempre encarada como um problema a ser combatido.
Queremos quebrar com esse olhar fatalista. Aqui segue uma série de informações que nos ajudam a compreender a Cracolândia por sua complexidade. Esta revista é uma tentativa de nos aproximar um pouco mais dessa realidade tão banalizada, desmistificando os tantos preconceitos que existem sobre ela.
A Cracolândia
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Via Ponte Jornalismo, 14/06/17, por Pedro Borges, do Alma Preta
"É importante pensar que lá é um lugar com trajetória histórica de festa das classes populares, que o que é a Cracolândia até hoje."
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"Vencedor do troféu The Library na 41ª edição do Cinéma du Réel em Paris, o filme "Diz a Ela Que Me Viu Chorar” ganhou seu primeiro teaser. Dirigido por Maíra Bühler, o longa retrata o cotidiano de usuários de crack em um prédio em São Paulo e será lançado pela Vitrine em breve."
VEJA O TEASER
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"Você já conversou com xs moradores da Cracolândia? Difícil andar na região e enxergar para além do fluxo, certo? Muito além de serem usuários de crack e cocaína ou garotos e garotas de programa, suas histórias carregam sentimentos, angústias, traumas e objetivos.
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Direção por Maíra Bühler. Produção por Rafael Sampaio, Beatriz Carvalho, Anna Muylaert
Por Revista Vaidapé.
Produção: @iuri.salves
Dir. de Fotografia: @luizmaudonnet
Montagem e Finalização: @filmesujo


TV Folha via UOL.
Por Nátaly Neri, canal Afros e Afins
"A Cracolândia em SP vem passando por processos de higienização intensos, em que usuários estão sendo tratados como criminosos e até pior, como animais. A cracolândia é a materialização de vários outros problemas muito graves que cercam a sociedade brasileira como a fome, a miséria, a desigualdade racial e de classes e que fazem com que a população negra seja alvo maior de encarceramento, e dessa guerra às drogas."
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"Ao longo da última semana [28/05/2017], a Cracolândia foi alvo de uma das maiores operações de combate ao tráfico na região e declarada extinta pelo prefeito João Doria (PSDB). Acabou, no entanto, espalhando-se por outros sete bairros.
A prefeitura busca conseguir autorização da Justiça para internar usuários de drogas à força, pedido contestado pelo Ministério Público e pela Defensoria do Estado de São Paulo. A história da Cracolândia, porém, não é nova: o termo começou a ser usado pelos jornais em 1995. Desde então, a capital paulista teve sete prefeitos. Nenhum deles conseguiu resolver a questão.
A Folha explica, em três minutos, como o problema de centenas de usuários de drogas no centro de São Paulo tem se arrastado, sem solução, por mais de 20 anos."
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“Todo mundo fala que vai acabar com a Cracolândia. Eu acho difícil acabar com a Cracolândia”
A região, no centro, conhecida pelo consumo e venda, principalmente, de crack sofre com frequentes tentativas do governo municipal de desocupar e por um fim, como uma política de combate às drogas. Através do uso da força e da repressão, a mais recente foi no começo desse mês.
“O resultado concreto da chamada guerra às drogas são violações de direitos de comunidades afetadas pela violência, encarceramento em massa, seletividade da justiça criminal, práticas policiais abusivas nas ruas, a militarização das políticas de seguranças e deficientes políticas de saúde, entre outras”.
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Via Revista Vaidapé, por Isabel Rabelo